terça-feira, 20 de março de 2018

Os Irmãos Karamázov


 Escrito em 1880 por Dostoievski, retratando a história de Fiódor Pavlovitch Karamázov e sua complexa relação familiar.

Fiodor, um homem sem os adequados valores éticos e morais, casa-se com Adelaída Ivanovna, filha de família aristocrática.

Com o passar dos meses ela desenvolve um profundo desprezo pelo marido e, após o nascimento de Dimitri, foge com um seminarista sem dinheiro e sem o filho.


Para comemorar a fortuna deixada pela mulher, Fiodor Pavlovitch monta um harém em sua casa e o filho é esquecido e criado por um dos seus empregados.
Com o falecimento de Adelaída, Dimitri é entregue a Pyotr Alexandrovitch Miusov, primo de sua mãe, mas logo se afasta e entrega o garoto a outro primo.

Após algum tempo, Fiódor Pavlovitch casa-se com Sófia Ivánovna e nascem dois filhos, Ivan Fyodorovich Karamazov, e Alieksiêi Fydorovich Karamazov. Como Adelaida, Sofia também padece com os maus tratos e humilhações, vindo a falecer em seguida.

Assim que soube, a antiga tutora de Sofia levou os garotos e os manteve sob a sua guarda até a sua morte.

O autor descreve em detalhes a desregrada vida de Fiódor Pavlovitch e as primeiras desventuras de Dimitri, Ivan e Alieksiêi. Nessa trama ainda surgiria um quarto filho.

Os capítulos seguintes são destinados aos irmãos Karamázov. Dimitri também leva uma vida desregrada e almeja completar a maioridade e buscar sua parte na herança deixada por sua mãe. Ivan destaca-se por sua inteligência e raciocínio lógico. Alieksiêi, diferente dos irmãos, é uma pessoa gentil e muito bondosa.

O quarto irmão é Pavel Fyodorovich Smerdiakov. Foi criado pelos empregados da casa e nasceu após Fiódor Pavlovitch estuprar uma mulher doente. O jovem sofre de epilepsia e oscila entre a servidão e a maldade.

Dimitri ainda se envolve em um triângulo amoroso; é apaixonado por Grushenka e noivo de Catierina Ivanovna Verkhovtsev. Ao reivindicar a sua real participação na herança da mãe, recebe a negativa do pai.

Para sua surpresa e revolta, ele ainda descobre que o pai usou o dinheiro para tentar seduzir Grushenka e o ameaça em público. E as desavenças ganham novos contornos e a tragédia familiar se aproxima de um desfecho.


Com maestria, o autor descreve os seus personagens em um círculo de intrigas, culminando com a degeneração familiar.

A narrativa envolve o leitor em um profundo debate de ideias, destacando-se as relações sociais da época, o livre arbítrio, o niilismo e o ateísmo.

Vale a pena ler e reler.