Posição filosófica que nega os princípios
religioso, social e político, considerando que a existência humana é desprovida
de propósito ou de uma explicação verificável.
Os niilistas desconsideravam os preconceitos e
suas realizações não estariam ligadas a coisas inexistentes. Não se tratava de
pessimismo ou falta de crença e sim estar preparado para novas opções.
Os filósofos distinguiam o niilismo positivo,
aqueles que apresentavam novas ideias, do niilismo negativo, ou seja, aqueles
que compartilhavam ideias de negligência e destruição.
Como expressão política, o niilismo está
relacionado ao anarquismo, por rejeitar a hierarquia e autoridade.
Com o declínio desse movimento, o termo passou
a ser empregado como referência de grupos mais radicais e aqueles que não
apresentam sensibilidade moral.
O termo foi utilizado pelo filósofo alemão
Friedrich Heinrich Jacob em 1799, mas o movimento niilista nasceu na
Rússia do século XIX, quando era governada pelos czares.
Seus precursores no campo do conhecimento
são Feuerbach, Darwin, Nietzsche, Henry Buckle e Herbert
Spencer.
Em alguns países, o movimento niilista
cultural participou de grupos políticos que apregoavam a abolição do Estado. Também
foi associado ao movimento punk, que defendia autogestão e criticava a Igreja.
Em suma, o Niilismo exalta a concepção
materialista e positivista. Pretende retirar do Estado, da Religião e da
Família a capacidade de regência e está presente em diversas áreas do
conhecimento humano e nas relações que envolvem a ética e a moral.
A prática russa rejeitava a Divindade, a
essência espiritual, a existência da alma, ideais, preceitos e princípios
absolutos. Não aceitavam o mundo povoado
pelo mal, pela riqueza, por tudo que representasse as esferas da arte, da
metafísica e da religião.
Os esforços deveriam se voltar para a luta
dos trabalhadores contra a opressão, ilusões supersticiosas e as ideais
preconcebidas.
No livro de Dostoievski, “Os Irmãos Karamázov”,
podemos observar o pensamento niilista e o confronto de ideias com o ateísmo.